Falemos de vós

Publicado em 30 Março 2012 às 12:18

Na altura em que o Presseurop foi lançado, um dos objetivos era criar um espaço de debate europeu. Por isso, procurámos publicar artigos suscetíveis de provocarem ou alimentarem esse debate, e convidámos os nossos leitores a participarem na discussão.

Coisa que fizeram voluntariamente, caros leitores, a julgar pelo número crescente de comentários que recebemos, especialmente desde que estão a funcionar as ferramentas que vos permitem falar connosco mais diretamente. Essas ferramentas estão em constante evolução e procuramos adaptá-las à exigência de uma discussão o mais aberta e fluida possível. A sondagem a decorrer atualmente, no nosso sítio de Internet, vai permitir orientarmo-nos melhor.

O resultado, ao fim de quase três anos, é o aparecimento de uma verdadeira comunidade, certamente modesta quando comparada com a enorme audiência potencial a que se dirige o Presseurop, mas que partilha o mesmo gosto pelo debate e pelo intercâmbio e o mesmo interesse pela Europa.

Uma comunidade, uma “sala”, pegando na expressão usada por Maja Hagerman no Dagens Nyheter, de leitores que estão para lá das fronteiras europeias, que não têm medo de se expressar noutra língua que não é a sua, que dão provas de curiosidade, perante os outros e as suas ideias, e de respeito mútuo. Assim, souberam dar a este debate uma qualidade raramente atingida nos media – “entre os mais civilizados e razoáveis que até hoje li na Internet”, como escreveu Federico F.

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Uma comunidade que demonstra que existe entre os europeus uma verdadeira necessidade de discutir os assuntos que nos dizem respeito a todos. As instituições europeias parecem tão distantes dos cidadãos como os governos nacionais e até mesmo o Parlamento Europeu, apesar de eleito por sufrágio eleitoral, parece dirigir-se mais aos seus parceiros institucionais do que aos eleitores.

A Europa tem os principais elementos de um Estado – o executivo, dois executivos, até, com o Conselho e a Comissão, o legislativo e o judicial – mas falta-lhe uma opinião pública, como sublinha Nuno D.

Para além de ser por si só desejável, uma opinião pública europeia seria a melhor defesa contra esses défices democráticos das instituições de Bruxelas – reais ou imaginárias –, que os nossos leitores tantas vezes denunciam. É o vosso contributo diário, caros leitores, que todos os dias cria essa esfera pública europeia que nos falta.

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