Crise do euro

Fundo de resgate do FMI não atinge objetivos

Publicado em 20 Dezembro 2011 às 12:19

“Estados membros da UE não conseguem reunir 200 mil milhões de euros para o FMI”, titula o EUobserver, depois de os países da zona euro terem acordado, no dia 19 de dezembro, pagar 150 mil milhões de euros para um fundo especial do FMI, para enfrentar os ataques das obrigações do Estado e bancos da zona euro. No entanto, “não alcançaram o limite de 200 mil milhões de euros entre todos os estados membros da UE, como fora acordado na cimeira do dia 9 de dezembro”, observa o sítio de informação com sede em Bruxelas.

A Alemanha será o maior contribuidor, com 41 500 milhões de euros, seguida pela França (31 400 milhões), a Espanha (14 800 milhões) e a Holanda (13 600 milhões). Os países europeus resgatados pela da UE-FMI – Grécia, Irlanda e Portugal – não constam na lista dos contribuidores. Os países europeus que o FMI apoiou e que não fazem parte da moeda única – Hungria, Roménia e Letónia – também não contribuirão. A Lituânia, que ainda está a recuperar da crise financeira, e a Bulgária, o membro mais pobre da UE, também não participarão.

Contudo, o Reino Unido recusou contribuir para o fundo. Segundo o Financial Times, o chanceler britânico, George Osborne, disse aos seus homólogos europeus que o “Reino Unido não disponibilizaria qualquer tipo de fundos adicionais ao FMI, a menos que isto fizesse parte de um esforço internacional mais amplo”. O diário londrino escreve que

Osborne também reiterou a posição do Governo britânico de que a missão do FMI era proteger “países – e não moedas” e que os britânicos acreditavam que os 17 membros da zona euro deveriam tomar decisões mais firmes forma para enfrentarem a crise.

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O Süddeutsche Zeitungobserva que o apelo de Osborne a “um esforço internacional mais amplo” é pouco provável, dado que os países do G-20 como os EUA anunciaram que não participarão. No entanto, indica em manchete que “a Polónia e a Dinamarca pediram assistência europeia”, após os dois países que não fazem parte da UE terem concordado em adicionar ao fundo estabelecido de 150 mil milhões de euros um extra de seis mil milhões e 5500 milhões, respetivamente.

Porém, a rejeição do Reino Unido “coloca pressão noutros países não pertencentes à zona euro para aumentarem a sua comparticipação, para que sejam angariados os restantes 50 mil milhões de euros”, escreve o EUobserver. Tendo em conta que ainda faltam 24 mil milhões de euros ao fundo, com potenciais contributos de Praga (3500 milhões) e Estocolmo (11 mil milhões), observa que-

é necessária a aprovação do Parlamento para muitos destes países contribuidores.

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