De Volkskrant, 21 de Janeiro de 2010

Holanda: extremista de direita usa o Islão para se defender

Publicado em 21 Janeiro 2010 às 16:30
De Volkskrant, 21 de Janeiro de 2010

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O julgamento de Geert Wilders começou em 20 de Janeiro, em Amesterdão. O líder do Partido da Liberdade, de extrema-direita, é acusado de incentivo ao ódio e à discriminação raciais, baseado nos seus comentários a vários meios de Comunicação, sobre os muçulmanos e a sua crença. O jornal De Volkskrant não se mostra minimamente supreendidocom algumas das 18 testemunhas que Wilders arrolou em sua defesa, nomeadamente Mohammed Bouyeri, assassino do director de cinema e colunista Theo van Gogh, em 2004.

Com Bouyeri no banco das testemunhas, Wilders pretende demonstrar que o “Islão é essencialmente uma religião maligna”, explica o diário holandês. Também chamou Robert Spencer – director da Jihad Watch [observatório da guerra santa muçulmana] –, dois aiatolas iranianos e o imã Fawaz Jneid, que agrediram Van Gogh imediatamente antes de sua morte. Para o Volkskrant, mais invulgar ainda é a linha seguida pela Acusação. O julgamento “é sobre se os comentários proferidos constituem ou não uma ofensa”, frisa o diário. O promotor de justiça, Paul Velleman, tem uma interpretação diferente – considerando que “é importante examinar se os pontos de vista de Wilders têm alguma relação com a realidade.”

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