Numa detenção do marido do jornalista do Guardian, Glenn Greenwald, que revelou a espionagem de vários aliados dos Estados Unidos por parte da Agência Nacional de Segurança Americana (NSA).
Na carta, os quatro diretores estimam, entre outras coisas, que
o que tem vindo a acontecer nas últimas semanas no Reino Unido suscita uma profunda preocupação. […] Podemos não concordar sobre o local onde se deve traçar a linha que separa a [segurança da proteção da liberdade], mas não deveríamos discordar quanto à nossa determinação de proteger um debate aberto sobre estas questões fundamentais. Além disso, deveríamos manter-nos unidos para proteger as pessoas implicadas nestes debates.
“Defendemos a liberdade de imprensa!” enviados pelo antigo agente da NSA Edward Snowden é “grave” e “corre o risco de minar a liberdade de imprensa no mundo inteiro”. Além disso, o jornal considera que o facto de os Estados Unidos e o Reino Unido fazerem parte dos Estados mais poderosos do mundo, e “dos principais defensores da liberdade e da democracia da história moderna”, piora ainda mais a sua atitude:
Quando os regimes na China e no Irão destroem discos rígidos em jornais e perseguem jornalistas, são considerados ditaduras. Quando fazemos a mesma coisa é, alegadamente, para defender a democracia.
Um sentimento partilhado pelo Aftenposten, em Oslo: “Ficámos profundamente desapontados”, escreve o diário no seu editorial, “por um país, com uma forte tradição de liberdade, ignorar todos os seus princípios para combater o terrorismo”. O diário norueguês também considera que as ações do Governo britânico
se assemelham muito às dos regimes autoritários contra os meios de comunicação, organizações e indivíduos, quando estes últimos desafiam o monopólio das autoridades sobre o poder.