"Flash-ball implacável", é o título do Libération, uma semana após os violentos incidentes em Montreuil, nos subúrbios de Paris. No passado dia 8, o realizador Joachim Gatti perdeu um olho ao ser atingido por um tiro de flash-ball quando se manifestava contra a expulsão dos "okupas". O diário parisiense denuncia a "violência policial" exercida no decorrer de uma manifestação que "decorria calmamente", segundo declarou Dominique Voynet, presidente da câmara.
"Joachim Gatti é a sétima vítima deste tipo de equipamento a perder um olho", indigna-se o Libération. "O recurso ao flash-ball e ao Taser deveria ser mais bem regulamentado e a polícia […] deveria ter uma formação mais adequada". De facto, este tipo de armas está reservado para situações de legítima defesa e é absolutamente proibido atirar aos olhos e à cara. Para o sociólogo Fabien Jobard, "a brutalidade policial é muitas vezes sinal de que a polícia está a perder terreno".