Die Zeit, 4 de Março 2010

Mal-estar nas fileiras do exército alemão

Publicado em 5 Março 2010 às 12:53
Die Zeit, 4 de Março 2010

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"Tudo, excepto combater", titula o [Die Zeit](http://www.zeit.de/index), que consagra uma página à turbulência que se vive no exército alemão. Em nenhum outro exército europeu continua tão viva a noção de "guerra fria" como neste. Em 1989, 495 mil soldados alemães faziam de figurantes, esperando uma III Guerra Mundial no seu território. Actualmente são bastante menos numerosos, mas intervêm nos quatro cantos do mundo. A maior parte das suas missões, como a formação de polícias em Djibouti, no Corno de África, não são perigosas. Mas a complexidade das regras internacionais dá grande relevo aos juristas do exército. Para além isso, explica o Zeit, instalou-se um conflito de gerações entre a velha guarda de "soldados funcionários do tempo da guerra fria" e os jovens oficiais, quase sempre "idealistas", "com 15 anos de experiência de intervenção no estrangeiro". Os primeiros continuam presos à imagem de um exército "que sai das casernas quando o dever chama". Os segundos combatem na guerra do Afeganistão e suportam cada vez menos a incompreensão de Berlim. O "síndroma de Kunduz", o bombardeamento aéreo que fez 142 mortos, de entre os quais inúmeros civis, em Setembro de 2009, reforçou este mal-estar.

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