O apoio da UE aos rebeldes armados diminui

Publicado em 24 Maio 2013 às 13:49

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“A UE tem dificuldades em chegar a um acordo sobre o embargo às armas sírias”, adianta o European Voice. O semanário explica que “a proposta franco-britânica de terminar com a proibição imposta pela União Europeia à venda de armas às forças rebeldes na Síria parece estar condenada ao fracasso,” porque “a oposição ao levantamento do embargo tem vindo a aumentar.”

Em fevereiro, o Reino Unido e a França conseguiram convencer outros membros a abrandar o embargo às armas e a autorizar o fornecimento de equipamentos militares não letais, como meios logísticos e dispositivos de comunicação, para permitir às forças rebeldes combater o Presidente sírio Bashar Al-Assad. Mas após uma discussão entre o Presidente francês François Hollande e o primeiro-ministro britânico David Cameron, que teve lugar no dia 22 de maio, tanto Paris como Londres parecem ter mudado de ideias, por temerem sobretudo que as armas caiam nas mãos dos islamitas. O diário acrescenta:

Os Estados-membros estão claramente divididos quanto à situação da Síria, nomeadamente sobre três questões. A Áustria expressou claramente a sua oposição em aliviar as restrições às armas, pondo em causa a necessidade e o impacto de tal ação. A Suécia mostrou ser a mais relutante em aceitar a aplicação de sanções mais severas contra o regime de Assad a longo prazo, defendendo que isto só limitaria a margem de manobra para arranjar uma solução política. Além disso, nos últimos meses, a República Checa tem questionado a capacidade de controlo da Coligação Nacional Síria, a principal entidade política dos rebeldes, sobre as forças rebeldes.

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O embargo deverá ser debatido pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas, no dia 27 de maio, pouco antes do prazo que determina a sua renovação ou anulação. Entretanto, uma conferência de paz para a Síria apoiada pelos Estados Unidos e a Rússia deverá ocorrer no início de junho em Genebra, e deverá contar com a participação da Coligação Nacional Síria e os membros do Governo Sírio.

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