“Uma semana depois de ter decidido fechar sete centrais nucleares, Angela Merkel procura uma saída de emergência”, aponta o Financial Times Deutschland. No dia 23 de março, a chanceler alemã nomeou uma comissão de peritos, encarregada de avaliar os riscos da energia nuclear. Klaus Toepfer, ex-ministro do Ambiente democrata-cristão e crítico da energia nuclear, dirigirá a comissão, que integra igualmente cientistas e representantes das igrejas. Segundo o diário económico, Merkel procura legitimar a sua decisão, tomada após o acidente de Fukushima. “A criação de comissões evoca longas consultas que desembocam em conclusões pouco sólidas, que não interessam a ninguém“, salienta o FT Deutschland. “Além disso, a quatro dias de eleições regionais muito disputadas, [Merkel] age sobretudo por considerações eleitorais. Mas isso não altera nada ao facto […] de que não há volta a dar”, sendo objetivo da comissão retirar a energia nuclear do país até 2020.
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