Qual o destino da fortuna de Kadhafi?

Publicado em 21 Outubro 2011 às 14:42

Cover

Enquanto grande parte da imprensa europeia fala nas circunstâncias e no mistério que envolve a morte de Muammar Kadhafi, capturado e morto no dia 20 de outubro, ao tentar fugir de Sirte, a sua cidade natal, o Público anuncia: “Kadhafi deixou 1300 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos”.

O diário lisboeta reconhece que o banco do Estado português possui 1300 milhões de fundos estatais da Líbia depositados em quatro contas que foram congeladas em março, após a comunidade internacional ter aplicado sanções contra o regime de Kadhafi. O primeiro depósito ocorreu em 2008, após o líder líbio ter fechado as suas contas suíças em represália à apreensão e detenção do seu filho no país.

Para o chefe de redação do Gazeta Wyborcza, Adam Michnik, um dos líderes da oposição democrática da Polónia sob o comunismo – “a morte de Kadhafi não é um motivo de alegria, mas de reflexão sobre a natureza do mundo em que vivemos, lado a lado com os ditadores. Kadhafi era considerado indestrutível, chantageou e humilhou o mundo inteiro, também afetou seriamente os governos europeus. Acreditava em violência e mentiras, mas enganou-se”. Michnik acrescenta que a morte de Kadhafi foi um sinal claro enviado às nações que ainda vivem sob tirania, que “as ditaduras não estão livres de castigo, os ditadores não são imortais”.

Newsletter em português
Tags

É uma organização jornalística, uma empresa, uma associação ou uma fundação? Consulte os nossos serviços editoriais e de tradução por medida.

Apoie o jornalismo europeu independente.

A democracia europeia precisa de meios de comunicação social independentes. O Voxeurop precisa de si. Junte-se à nossa comunidade!