Serviços secretos britânicos e norte-americanos sob suspeita

Publicado em 27 Novembro 2014 às 16:39

Os serviços secretos britânicos e norte-americanos são suspeitos de estar por trás dos ataques cibernéticos à União Europeia e a uma empresa de telecomunicações belga, escreve o The Intercept.
O site de notícias explica que um malware (um vírus avançado que rouba dados de sistemas infetados e se disfarça como sendo um software legítimo da Microsoft), chamado Regin, “foi encontrado em sistemas informáticos internos e servidores de e-mail infetados da Belgacom, uma empresa de telecomunicações e serviços de Internet parcialmente detida pelo Estado” que, no ano passado, foi alvo de uma “operação de vigilância ultrassecreta levada a cabo pela agência de espionagem britânica General Communications Headquarters” e que “também foi identificado nos sistemas informáticos da União Europeia que foram alvos de vigilância pela Agência de Segurança Nacional”.
As operações de pirataria conta a Belgacom e a UE foram “pela primeira vez reveladas no ano passado através de documentos divulgados pelo delator da NSA Edward Snowden”, acrescenta o The Intercept. No entanto, a identidade do malware nunca tinha sido revelada até ao passado domingo, quando a sua existência foi comunicada pela empresa de segurança Symantec.
O De Volkskrant escreve que o Regin tem estado escondido em computadores de várias partes do mundo há seis anos e que foi utilizado para monitorizar a empresa de telecomunicações belga Belgacom em setembro do ano passado, quando milhões de e-mails foram intercetados de forma despercebida. O diário holandês acrescenta que a Belgacom foi “um alvo muito procurado porque gere as comunicações da Comissão Europeia e – através de uma afiliada – o tráfego proveniente da África, Ásia e Médio Oriente”.

Tags

É uma organização jornalística, uma empresa, uma associação ou uma fundação? Consulte os nossos serviços editoriais e de tradução por medida.

Apoie o jornalismo europeu independente.

A democracia europeia precisa de meios de comunicação social independentes. O Voxeurop precisa de si. Junte-se à nossa comunidade!

Sobre o mesmo tópico