“UE mobiliza-se contra a imigração ilegal”, titula o diário Berlingske, que revela que a Dinamarca, que ocupa a presidência rotativa da UE, deverá propor, a 26 de abril, durante o Conselho de Ministros da Justiça e do Interior 90 medidas que têm como objetivo lutar contra um fenómeno que “aumentou 35% durante o ano passado”, escreve.
Entre as medidas a propor estão uma melhor cooperação com os países de origem, por exemplo os países do Magrebe, o reforço do dispositivo Frontex e da vigilância da fronteira entre a Grécia e a Turquia, bem como uma melhor gestão dos fluxos migratórios, das expulsões e da luta contra o tráfico de seres humanos.
Esta iniciativa responde, também, a uma preocupação crescente na Dinamarca com a imigração ilegal, mesmo que, escreve o jornal,
segundo o ministro da Justiça, não se saiba exatamente quantos imigrantes ilegais há na Dinamarca – temos um receio justificado de que o grande número de imigrantes ilegais que estão atualmente na Grécia e em Itália comecem a dirigir-se para o Norte.
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Estas medidas justificam-se, também, por razões políticas, afirma Marlène Wind, da Universidade de Copenhaga, citada pelo diário:
Os problemas da imigração ilegal prejudicam o mercado interno e o espírito europeu da livre circulação. Por isso, será uma vitória – também para a presidência dinamarquesa – se o projeto for bem-sucedido.