À volta da Alemanha, “dez países criam o Clube de Berlim para reativarem o projeto europeu”, noticia o ABC um dia depois do jantar oferecido por Guido Westerwelle, em Berlim. O chefe da diplomacia alemã convocou os seus homólogos europeus que considera "mais eurófilos", ou seja, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Polónia, da Bélgica, de Itália, da Holanda, de Portugal, da Áustria, do Luxemburgo, de Espanha, da Dinamarca e de França (estes dois últimos estiveram ausentes). Segundo o ABC, o objetivo de Westerwelle é:
criar uma espécie de 'clube' que se compromete a desenvolver formas permanentes de conseguir reencontrar a esperança de uma Europa unida, nestes momentos de crise.
Este grupo deverá ainda reunir-se, pelo menos, quatro vezes por mês, e abordará temas como uma maior coordenação da política económica e financeira, os esforços para estabilizar o euro e o crescimento, mas também o controlo de fronteiras ou a política de segurança, e que acabará por apresentar um documento com as suas conclusões.
O ABC recorda que já a 9 de março, durante uma reunião informal dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle
se mostrou partidário de reabrir o debate sobre a necessidade de uma Constituição europeia, uma ideia sobre a qual não há consenso entre os Vinte e Sete.