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"Chegou o Solidariedade húngaro!", regozija-se o Nepszabadsag, após a manifestação de 1 de outubro em Budapeste. Participaram 50 mil pessoas no movimento intitulado Dia D, numa referência ao desembarque de 6 junho de 1944 e que visa expressar "o começo do fim de um poder ditatorial", no caso, o do primeiro-ministro Viktor Orbán.

Organizado pelos sindicatos, o protesto contra as medidas de austeridade, as restrições aos direitos sindicais, a falta de diálogo social e o novo Código do Trabalho, desvantajoso para os assalariados, ganhou um alto significado político, observa o jornal de centro-esquerda. "Os sindicatos assumiram o papel de oposição", analisa o politólogo Gabor Torok, "e parece-me claro que os dirigentes sindicais não querem ser confinados a um papel de defensores dos interesses económicos e sociais. Uma vez que a oposição política está dividida, impotente e não é verdadeiramente popular, os dirigentes sindicais podem certamente desempenhar um papel político no futuro. Talvez sejam o adversário mais perigoso de Orbán."

O Nepszabadsag acrescenta que os líderes de vários sindicatos decidiram formar um "Solidariedade" húngaro, seguindo o modelo sindical polaco da década de 1980.

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