Borg impressiona eurodeputados enquanto Dalli é interrogado pela polícia

Publicado em 14 Novembro 2012

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Foi um dia de destinos contrastantes. Enquanto a nomeação do ministro dos Negócios Estrangeiros maltês Tonio Borg para o cargo de comissário europeu é “suscetível de ser aprovada” por causa do seu sólido desempenho durante a audiência de 13 de novembro perante uma comissão parlamentar europeia, o antigo comissário da UE, John Dalli, que Borg vai substituir, era “interrogado pela polícia”, escreve o Times of Malta.

Para o diário de La Valeta, o momento do interrogatório “não podia ter sido mais infeliz” para o antigo comissário encarregue da Saúde e da Política dos Consumidores. Acrescenta que “foi feita uma acareação” com Silvio Zammit, o homem que é suspeito de o ter querido corromper para que alterasse o projeto de diretiva da Comissão Europeia sobre o tabaco.

Em Bruxelas, ainda segundo o mesmo diário, Borg parece – apesar das suas posições conservadoras sobre o aborto e a homossexualidade, que alguns consideram incompatíveis com o cargo – ter conseguido o aval da maioria dos deputados europeus dos grupos parlamentares do Partido Popular Europeu e do Partido Socialista Europeu. Isso confere-lhe uma maioria confortável quando, na próxima semana, a sua nomeação for votada em plenário.

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O candidato, acrescenta o diário, acalmou os deputados europeus ao pôr o acento tónico sobre

as suas referências europeias, sublinhando que consagrou uma importante parte da sua vida a trabalhar para que Malta se juntasse à UE porque acredita nos valores europeus e os apoia. Comprometeu-se a cooperar plenamente com os deputados europeus. Negou ter feito comentários desagradáveis sobre os casais de pessoas do mesmo sexo e insistiu no facto de apoiar medidas no quadro da não-discriminação. [...] A posição de Borg sobre o aborto – a que, pessoalmente, se opõe – é a de que este assunto diz exclusivamente respeito aos Estados-membros, conforme o princípio de subsidiariedade da UE. […] Mas evitou, muitas vezes, dar respostas claras sobre qual será a sua posição no que diz respeito ao financiamento das organizações cuja missão inclui a prática de abortos nos países em vias de desenvolvimento.

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