Londres em chamas

Publicado em 8 Agosto 2011 às 11:12

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“Polícia é atacada, enquanto Londres está em chamas”, escreve na manchete o diário The Guardian, relatando os motins na capital do Reino Unido, que começaram no sábado à noite e se prologaram pelo fim de semana. A agitação começou num bairro no norte de Tottenham, após os protestos, contra a morte de um homem a tiro pela polícia, terem ficado fora de controlo na terça-feira. Foram incendiados carros da polícia e edifícios e, na segunda-feira, o diário de esquerda do Reino Unido relata que, foram detidas mais de 160 pessoas, 35 agentes policiais ficaram feridos e vários motins e pilhagens alastraram-se aos bairros no sul e este de Londres. A ministra dos Assuntos Internos do Reino Unido estava também de regresso de férias, para lidar com o desenvolvimento da crise.

A multidão “pilhava lojas à luz do dia”, conta o conservador The Daily Telegraph, e - num estilo tipicamente britânico - “formava filas ordenadas para roubar roupas” de uma loja destruída.

Não há desculpas para este comportamento vergonhoso, escreve um colunista de The Guardian, mas a polícia e, sobretudo, a brigada de combate ao crime com armas de fogo, devem tomar precauções para não agravar a tensão e instaurar uma investigação sobre o tiroteio que levou aos motins. Caso contrário, os habitantes dos bairros mais pobres de Londres podem sentir-se, legitimamente, “demasiado atacados pela polícia enquanto criminosos e pouco apoiados pela mesma enquanto vítimas”.

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