Praga e Vaduz voltam a falar-se

Publicado em 9 Setembro 2009 às 11:12

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Após mais de 60 anos de contencioso, a República Checa e o Principado do Liechtenstein restabeleceram relações diplomáticas, primeiro passo para a resolução de um diferendo territorial que remonta ao pós-guerra e à confiscação dos bens de família do Principado. “O Lichtenstein era o único país do mundo a não reconhecer a República Checa”, recorda o jornal Mladá Fronta DNES, que explica que a família do príncipe Hans-Adam II possuía mais de 1.600 quilómetros quadrados de terras na República Checa (dez vezes a dimensão do Principado), incluindo 13 castelos, dos quais dois inscritos como Património Mundial pela UNESCO. Estes, como explica o diário de Praga, foram nacionalizados pela Checoslováquia em 1945, pelos decretos de expropriaçãodos alemães dos Sudetas. Num memorando comum, os representantes dos dois países estão de acordo em “entregar a questão do passado a uma comissão de historiadores”, acrescenta o jornal. O que não deve, contudo, impedir Vaduz de prosseguir a batalha legal para recuperar os bens nacionalizados por Praga. O reconhecimento mútuo dos dois países tem uma função eminentemente prática, assinala a terminar o MF DNES: "É necessária para a assinatura do tratado sobre dupla tributação em que estão a trabalhar".

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