Uma resistência inesperada mas ainda precária

Publicado em 25 Julho 2013 às 15:41

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“Fim da recessão na Europa”, garante o Berliner Zeitung. O diário baseia-se no último índice dos diretores de compras, um estudo efetuado junto de três mil empresas na Alemanha, França, Itália, Espanha, Áustria, Irlanda, Grécia e Holanda que permite antecipar a evolução da economia.

O índice que tem em conta, nomeadamente, a produção e as encomendas recebidas, era de 50,5 pontos em junho, para a zona euro, contra 45,1 pontos em 2012. É “uma surpresa”, reconhece o *Berliner Zeitung, que explica que “vários fatores indicam que a economia nos países da Europa do Sul também está a retomar e que a divisão da Europa entre um Norte relativamente estável e um Sul fraco acabará lentamente”.

O Financial Times diz que os números mostram uma “inesperada resistência” da UE em relação ao abrandamento do crescimento da China, um mercado chave para as exportações da Alemanha. O diário acrescenta:

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Os dados tornam mais provável que o Banco Central Europeu continue a manter a sua posição política. Este mês adotou a sua primeira “orientação para o futuro” – a promessa de, nos próximos tempos, manter as taxas de juro baixas – e mostrou-se disposto a baixá-las ainda mais se os dados económicos se deteriorarem.

No entanto, adverte Les Echos, “as agências de notação não param de sancionar os países da zona euro”. O diário económico francês acrescenta que,

em pelo menos uma das agências, as notações de 14 dos 17 países da zona euro estão orientadas para baixar. A Bélgica, a Itália e a Espanha são os candidatos mais prováveis a uma futura diminuição de notação. [...] De um dia para o outro, a Moody’s e a S&P podem, de facto, abalar a dívida espanhola atirando-a para a classificação de lixo e provocando a retirada dos investidores.

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