Convidado a responder às questões dos deputados europeus reunidos em Estrasburgo, no dia 18 de janeiro, o primeiro-ministro húngaro prometeu alterar as leis controversas no seu país, ignorando críticas profundas sobre o cumprimento das regras democráticas.
Orbán “impôs-se contra os ferozes adversários”, considera Magyar Hìrlap. O diário de direita qualifica desta forma:
os eurodeputados da coligação FMI que receberam o material preparado pela oposição de Budapeste. […] O primeiro-ministro recusou as exigências europeias, mas mostra-se disposto a falar sobre qualquer assunto. Mas o seu tom europeu não interessa a ninguém nos eixos da fração europeia do FMI […] cuja voz é a democracia, mas a lei é o fundo monetário.
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Por sua vez, Népszava constata na primeira página “um diálogo de surdos no Parlamento Europeu”. Para o diário da oposição,
Orbán fingiu não compreender os motivos pelos quais é criticado na Europa. […] Como é costume, confundiu os lugares comuns demagógicos e a defesa da pátria.
“Adaptaram-se todos às divisões políticas partidárias”, lamenta o jornal, que realça por exemplo o apoio do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, a Orbán, denunciando “o ambiente histérico do Parlamento Europeu relativamente à Hungria."