A caminho de um boicote ao petróleo sírio?

Publicado em 31 Agosto 2011 às 13:17

A Shell deveria boicotar o petróleo sírio, em resposta à violenta repressão do regime de Bachar El-Assad contra os populares amotinados? Sim, afirma o Trouw, mas “primeiro, é necessária uma decisão internacional”. A questão foi levantada por vários partidos políticos, que querem que o grupo petrolífero anglo-holandês assuma as suas responsabilidades e se retire rapidamente daquele país. Segundo o diário de Amesterdão, “as companhias petrolíferas não são instrumentos políticos” e “uma ação isolada da Shell teria, sobretudo, um efeito contraproducente”, porque se a Shell deixar o país, o seu lugar será ocupado por uma empresa concorrente.

Um eventual boicote estará, também, na agenda da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, nos dias 2 e 3 de setembro, na Polónia. Lembrando que os Estados Unidos já adotaram essa medida no início do mês de agosto, o Volkskrant defende que “a UE devia deixar de contemporizar e seguir o exemplo dos americanos”. Apesar de, escreve o Trouw, “mais de 95% do petróleo sírio se destinar à Europa, é duvidoso que um boicote ao petróleo atinja o regime de Assad”.

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