A sala de concertos e de congressos Harpa, em Reiquiavique.

A renovação pela via da arquitectura

Concluída no momento em que rebentou a bolha financeira, a sala de concertos Harpa, em Reiquiavique, simboliza a recuperação da Islândia, ao fim de vários anos de dificuldades. Foi especialmente por isso que recebeu o prémio europeu de arquitectura Mies van der Rohe 2013.

Publicado em 7 Maio 2013 às 11:48
A sala de concertos e de congressos Harpa, em Reiquiavique.

Anguloso, translúcido, rendilhado, palco de um jogo de luz e sombras e dominado pelos elementos - ar e água, no espírito e tradição do quotidiano islandês. A sala de concertos e centro de conferências Harpa, em Reiquiavique, foi ontem [29 de abril] premiada pela Fundação Mies van der Rohe e pela Comissão Europeia.

Reflete o mar do porto da capital islandesa e o céu do Atlântico Norte e do Ártico e é um sinal: o Harpa “passou de ser um símbolo da crise para ser um símbolo da recuperação face à crise”, diz o arquitecto português Pedro Gadanho, membro do júri que deu o Prémio Mies van der Rohe aos ateliers Henning Larsen Architects e Batteríið Architects, em colaboração com o estúdio do artista plástico Olafur Eliasson.

O júri do prémio de arquitectura contemporânea procurava projetos “símbolo da união da Europa”, que estabeleçam “a arquitectura como activo para a projecção cultural” do velho continente, explica Pedro Gadanho ao Público. Na semana passada, os membros do júri andaram pela Europa a visitar os cinco projectos finalistas em busca de um vencedor, que encontraram na Islândia. À mistura, ingredientes como a colaboração, o espaço público, sonho e economia.

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