Dijsselbloem rompe com o estilo Juncker e exaspera cipriotas

Publicado em 12 Fevereiro 2013 às 14:28

No seu primeiro Eurogrupo, o novo presidente holandês Jeroen Dijsselbloem marcou presença: durante a reunião dos ministros das Finanças da zona euro, de 11 de fevereiro, conseguiu indispor o seu colega cipriota, refere De Volkskrant. Com as negociações sobre o plano de ajuda pedido por Nicósia, Dijsselbloem recusou-se, de facto, a excluir a possibilidade de os acionistas e os titulares de poupanças dos bancos cipriotas serem obrigados a contribuir para o resgate. Segundo o jornal,

vários Estados-membros desejam que o setor bancário da ilha contribua fortemente para o saneamento das finanças do Estado para se evitar um pedido demasiado importante ao fundo de emergência.

De Volkskrant cita um diplomata cipriota que considerou a perspetiva do ministro holandês “completamente inaceitável”, deixando alarmada uma série de titulares de depósitos para que levantem o seu dinheiro (bank run), facto que pode empurrar o setor bancário cipriota para um marasmo ainda maior.

O jornal nota ainda que Dijsselbloem “não quis pronunciar-se sobre questões relativas a um eventual pânico dos cipriotas titulares de depósitos”. O anterior presidente do Eurogrupo, Jean-Claude “Juncker nunca fez isso”, acrescentou o diplomata cipriota. E conclui:

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O comissário europeu dos Assuntos Económicos, [Olli] Rehn, tentou acalmar os ânimos dizendo que “a estabilidade financeira e bancária” de Chipre é prioritária, mas em vão.

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