“Tudo se desmorona”, é a manchete desta semana de L'Espresso, sobre a crise governamental que se agrava de dia para dia em consequência de uma série de escândalos sexuais e desastres, como as cheias e a derrocada de uma villa romana, em Pompeia. Ontem, o Futuro e Liberdade para a Itália, o novo partido fundado no mês passado pelo ex-aliado de Berlusconi, Gianfranco Fini, retirou o seu apoio ao Governo e abandonou as pastas ministeriais que detinha, depois de ter sido ignorado o seu apelo para que o primeiro-ministro se demitisse. O Governo deve manter-se à tona até o orçamento ser aprovado, provavelmente a 15 de dezembro, mas depois disso o futuro mostra-se negro: a Liga do Norte quer marcar eleições antecipadas, Fini e a oposição de centro-esquerda estão a negociar um Governo de coligação para aprovarem uma reforma da lei eleitoral, enquanto Silvio Berlusconi fala em dissolver, apenas, a Câmara Alta, onde a sua coligação perdeu a maioria. Seja quando for que as eleições se realizem, preparam-se novas alianças e equilíbrios em todo o espetro político, sugerindo uma disputa complexa e quente, à boa maneira italiana.
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