De Zurique a Milão em 1h30m.

Túnel de Gothard aproxima a Europa

Publicado em 15 Outubro 2010 às 13:02
De Zurique a Milão em 1h30m.

No dia 15 de outubro, "a Suíça [terá] feito o que prometeu à Europa", declara Le Temps: “Abrir nos Alpes o mais longo o túnel ferroviário do mundo [57 quilómetros], proporcionando uma via rápida para o tráfego no eixo norte-sul”. No início dos anos 1990, recorda o diário de Genebra, a UE fez pressão para que a Suíça concordasse em permitir o livre trânsito de camiões de 40 toneladas. A recusa helvética, por razões ambientais, levou à procura de uma solução ferroviária. Em 1992, a Suíça e a CEE assinaram um acordo sobre circulação de mercadorias e de pessoas. “E assim, o túnel de Lötschberg, posto ao serviço em 2007, e o de Gothard [que abrirá em 2017] constituem a ligação transalpina de uma continuidade ferroviária entre Roterdão e Génova”. De acordo com as mais recentes estimativas, a construção das Novas Travessias Ferroviárias Alpinas (NLFA) terá custado cerca de 18,7 mil milhões de francos suíços (14 mil milhões de euros), dos quais 12,2 mil milhões para o Gothard e o túnel do Monte Ceneri, que fica no prolongamento do Gothard. “São mais 3,9 mil milhões de francos suíços do que o projeto apresentado ao Parlamento e ao povo há 12 anos”, sublinha o jornal.

Agora que o túnel está terminado, Le Temps interroga-se se “a Suíça não corre o risco de ser confrontada com novas solicitações da UE para ordenamento de um corredor este-oeste”. Porque “a adesão à UE dos países do antigo Bloco de Leste alterou o mapa do tráfego. Se a procura continua a crescer no eixo norte-sul, entre o este e o oeste disparou absolutamente.” Mas, para já, as autoridades suíças consideram que “esse tráfego este-oeste europeu se manterá provavelmente a norte e a sul do eixo alpino Áustria-Suíça”, em especial nos eixos Paris-Estrasburgo-Munique e Espanha-Lombardia-Balcãs.

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