Parlamento Europeu

Um prémio para apaziguar consciências

Publicado em 14 Dezembro 2011 às 12:45

“Europa limpa a sua imagem com o prémio Sakharov”, considera El Mundo, no dia em que é entregue este prémio do Parlamento Europeu para a liberdade de espírito, concedido este ano a cinco militantes dos movimentos de contestação árabes.

Destes, apenas dois puderam deslocar-se para receber a recompensa em Estrasburgo: o líbio Ahamed el Senoussi, que passou 31 anos nas prisões de Muammar Kadhafi, e a militante egípcia Asmaa Mahfouz, do movimento 6 de abril. Entre os outros laureados estão a síria Razan Zeitouneh, advogada dos direitos humanos e bloguista, que vive hoje na clandestinidade, e o satírico político sírio Ali Farzat, refugiado no Kuwait por ter sido atacado por partidários do regime de Bashar al-Assad. O último prémio foi atribuído a título póstumo a Mohamed Bouazizi, cuja imolação deu início à revolução tunisina.

A Europa fechou durante anos os olhos às ditaduras árabes” e os prémios deste ano “simbolizam este sentimento de culpa”, realça o diário espanhol. Mas, apesar de o Parlamento Europeu ter condenado a repressão na Síria, “Bruxelas ainda não formulou nenhuma resposta unificada contra Assad”, e há ainda “muito a fazer na UE para responder de forma adequada aos processos democráticos no mundo árabe”.

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