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“A União Europeia perfila um acordo mínimo para a cimeira”, titula o diário espanhol El país, sobre a reunião de chefes de Estado e de governo da UE que se realiza em Bruxelas nas próximas quinta e sexta-feira. Para o jornal madrileno, a UE quer “ganhar tempo”, para
decretar o indulto da Grécia (Atenas terá mais dois anos para respeitar os objetivos em matéria de redução de défice) e acabar de negociar, de uma vez por todas, o resgate de Espanha. Com a pax romana nos mercados, tudo é mais fácil: ontem, Berlim deu claros sinais de que as medidas para Atenas e Madrid estão muito, muito próximas.
No entanto, “o risco é evidente”, acrescenta o El País:
cada vez que a União tenta fazer face discretamente aos problemas […] acabamos com um choque frontal. Ou pior ainda: os mercados fazem marcha atrás e começam a abrir fogo com a desculpa da incapacidade de reação da UE. Desta vez, a dificuldade é chegar a um resultado apropriado (e o tempo adequado) para a Espanha e para a Grécia mas também chegar a acordo sobre a melhor forma de ativar a bazuca dupla do BCE e do mecanismo de resgate para pôr fim ao círculo vicioso dos problemas financeiros e da crise da dívida. […] Evitar colisões é a especialidade da casa: foi por essa razão que o Nobel da Paz foi atribuído à UE. Mas por esta mesma razão, é mesmo muito pouco provável que o Nobel da Economia lhe venha a ser atribuído.
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