“Responsáveis da Trafigura, empresa petrolífera de Amsterdão, sabiam que os resíduos que mandarem despejar na Costa de Marfim em 2006 eram tóxicos e não podiam ser exportados”, revela o jornal De Volkskrant, que teve acesso a mensagens de correio electrónico internas e outros documentos confidenciais. Uma embarcação fretada pela empresa, o navio Probo Koala, transportou lamas tóxicas, depois deitadas num vazadouro a céu aberto de Abidjan, donde, mais tarde, resultou a morte de 17 pessoas e intoxicações em vários milhares de outras. “O director e cofundador da Trafigura, Claude Dauphin, está pessoalmente implicado na criação de um plano para se desfazer dos desperdícios”, explica o diário holandês. No processo judicial em curso, foram retiradas as queixas contra o director. A Trafigura está em vias de concluir um acordo financeiro com cerca de 30.000 vítimas, num total de mais de 100 milhões de euros. “Com este acordo, parece que cairão todos os processos judiciais contra a Trafigura”, lamenta De Volkskrant.
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