Uma semana depois de um grupo de jihadistas ter assassinado dez membros da sua equipa, entre eles quatro ilustradores, e sete outras pessoas, o semanário satírico está novamente nas bancas. Na primeira página, o Profeta Maomé segura num cartaz de solidariedade que diz “Eu sou Charlie”. Os sobreviventes da equipa do Charlie Hebdo foram alojados pelo diário Libération e utilizam material emprestado pelo grupo Le Monde. O número desta quarta-feira teve uma tiragem de 5 milhões de exemplares para responder à grande procura mundial, em vez dos 60 mil exemplares habituais. Além disso, foi traduzido em cinco idiomas.
No seu editorial, o semanário agradece aos milhões de pessoas que se declararam como “Charlie” nestes últimos dias, acrescentando que rejeita as acusações segundo as quais, por ter provocado os muçulmanos, se meteu em apuros. E acrescenta:
numa semana, o Charlie, um jornal ateísta, conseguiu concretizar mais milagres do que todos os santos e profetas juntos. Aquele de que mais nos orgulhamos é que estão a segurar o jornal que sempre fizemos, na companhia daqueles que sempre o fizeram.
Entretanto, a Al-Qaeda no Iémen reivindicou, esta quarta-feira, os ataques da semana passada.